Quando a perversão encontra a psicose, morre a neurose.
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Onde por?
Onde por aquela música gostosa, que é toda, verso e prosa, dedicada àquelx tal?
Onde por aquele dia bem friozinho que combina com carinho e um encontro horizontal?
Onde por aquele textinho safado, que se olhar meio de lado encaixa de frente e ...al!
Onde por aquele belo passarinho que na foto fez um ninho e no ouvido, recital?
Onde por aquele sentimentozinho que reclama bem baixinho: pra onde é que eu vou agora?
Posso por pertinho ali do por do sol, ponho no bolso da calça ou mando ele ir embora?
(Se é que ele vai...)
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Injusto
Esse blog é todo tão tanto que se botar num canto já nem serve mais do que que eu to falando? Acho que o espanto só provém do encanto que briga com o pranto e sei lá mais o que
(Prometo que (não) vou tentar reverter essa situação)
domingo, 28 de agosto de 2016
Trouxa
A verdade é que nunca foi seu.
Havia espaço nela. E somente nela. Mas o espaço ocupado nela era indesejado por todos. Não era pra você estar ali. Atrapalhava, pesava a bad, era chato, incômodo. Mas nada poderia ser feito. Ela queria que você estivesse. Pobre dela.
A pressão, entretanto, transborda. Ela ainda não sentia, ela sentia e interpretava de outra forma. Ela transparecia sem compreender, mas não vinha dela. Ela só queria que você estivesse ali. Mas não era pra você estar ali.
Você começou a perceber, afinal pra que mais servem os sentidos? Tentou reagir, lutou, mas o sopro ventava nela. Eles perceberam. Vendaval. Ela era forte mas o fôlego vai se acabando assim como as estruturas de sustentação.
Há quem tivera coragem. Dançou com o vento pra depois construir barragem. Vento é forte, mas quem abala carne, osso e ferro? Em parede forte se pendura o que quer, inclusive ar condicionado.
Ouviram-se os aplausos. Pelos buraquinhos ainda passava a brisa, mas a fumaça leva pra longe qualquer cheiro ou possibilidade de se respirar sem peso.
"Você tem outras amizades, outros rolês"
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Zaz
Traumas
Traumas
As coisas crescem
Começa assim
Tá apressadinha demais
As coisas crescem
E começa assim
Olha o presente
Olha o agora
Deixa o depois pra depois
Mas as coisas crescem
E começa assim
Memórias
Além do por do sol
Deixar ir é também um jeito de amar
Vai quem é de vôo
Mas a dor que fica é de lascar
domingo, 21 de agosto de 2016
Corra
Corra
Contra o céu
Contra o espaço
Contra o tempo
Contra o cansaço
Contra as vontades que insistem em te rodear
Corra
Contra a chuva
Corra rápido
Pela vida
Corra sempre
Corra e escorra
No luar
Corra contra esses tais pensamentos
Contra os alertas violentos
Contra o peso dos momentos sós
Corra
Contra o vento
Contra a brisa
Simplesmente se mantenha correndo
Não pare
Não há lugar
Do tudo ao nada
É claro que vejo.
É claro o que vejo.
Achas mesmo que não sei?!
Ainda fico nessa estúpida tolice de prestar a atenção em (quase tudo), sofrer com (boa) parte do que experiencio, te amar por tudo, te odiar por tudo.
Achas mesmo que não sinto?!
É sério isso?
Limbo, corda bamba, não saber (ainda que fazendo). Tudo ainda sinto. Tudo ainda dói. Tudo ainda quero. De (quase) tudo ainda sei.
Eu só queria que aleatória ou casualmente a gente pudesse se comunicar. Pelo menos por uns instantes. Estou cansada dos papéis que escrevestes para mim. Exausta dos que escrevi. Tentando (re)escrever, (re)significar...
E só pra que se faça registro:
Eu só não sei sobre o que me é completamente velado. Mas eu só não sinto o que definitivamente não conheço, sobre o que não sei nem vestígios. Não se iluda, querida. Eu ainda te amo.
Desmim
Estou tão cansada de achar que tudo que eu escolho é uma merda.
Tudo que eu faço é uma desgraça e o que vem de mim não vale nada.
Você se apaixona pelo que? Te objetifico, sou grossa, autoritária, intolerante. O resto, do chorume, do lixo que eu mesma produzi.
Eu to cansada de não saber onde me apoiar, por que me sinto um peso ou por não saber onde firmar.
Finamente! Decidi o que eu quero, mas o que eu quero não condiz com a realidade, não serve pra nada ou não traz a minha verdade.
Eu to cansada de me sentir excesso, excessão ou de pisarem em ovos em minha presença. E eu sei que é também responsabilidade minha que to constantemente tensa.
Olha só, tomei outra decisão: to deixando partir um pedaço do meu coração.
Por quem você se apaixona? Pelos meus beijos gostosos? Pela aparência agradável? Pela imagem de segurança e poder? Pelas cores que eu pinto em você? Vou te contar então pra tu não se iludir: é tudo mentira! Grossa, estúpida, impaciente, intolerante, burra, chata, impotente e infeliz. É isso que habita nesse corpo que tu quis. E não adianta tentar que não muda de astrologia à academia tá comprovado: não presto. Não sirvo. Melhor deixar de lado.
Eu não sei mais o que eu to fazendo aqui. Se não fosse essa bosta de amor já tinha ido. Essa dívida maldita que me segura nesse mundo... Porra, se tivesse outro jeito de pagar... Porra, se pudesse não me preocupar em estar devendo...
Nem pra rimar eu presto.
Que saudade do mar de Vitória...
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Li e aceitei
Aham
Boto fé.
Concordo planamente com tudo o que você disse. Deve ser paia mesmo.
Mas entra aqui nessa gavetinha.
Que eu te tiro dela.
Quando for melhor pra você.
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Exposição
Você não faz ideia, cara. Eu to falando é daquela saudade que dá de reunir uma caralhada de gente aqui em casa pra gente rir. A gente brinca, joga, canta, dança, sabe aquele rolê tranquilo? Felizão.
Mas e o medo? E esse medo de gente? E esse desespero que me impede de chamar, de reunir, de tentar, de me envolver nesse role que eu amo tanto e não consigo. Não cara, vc não sabe o que é lidar com essa carência, e esse medo desgraçado da vivência, e essa angústia que retira dos melhores momentos, a inocência. Eu quero vc aqui mas me esforço 100% pra não te expulsar quando vc chega e adentra a esse nosso lar que sim é seu, mas não consigo mais lidar. Você entra nessa porta e a vontade é te expulsar. Não é fácil,caralho, lidar com esse sofrimento. Por algum tempo é bom depois começa o tormento. Desconforto, irritação, tudo fora do lugar. Alguns ficam mais tempo outros menos, assim não da. É paia demais, esse deslocamento, medo de grupo, de viagem, "coletivo" é tormento. Vocês acham que me protegem saindo do lugar, mas não faz a menor diferença, a escolha já foi feita, a seleção já é sentença, eu sei. Eu não sou é nada fácil, eu me odeio, também não me agüento mas esforço pra caralho, desculpa! Não queria mas to aqui, tentando aguentar, tentando me divertir e te fazer rir. Esse é o único prazer. Eu sei que ceis evitam alguns manos de morrer, eu não consigo. To no passo da formiguinha. Se a carência deixasse eu me mantinha era na minha, mas não dá. Por mais um tempo eu to aqui. Logo me despeço e esse peso vai sumir.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Masoq?!
As pessoas me sugam toda a paciência
Eu respondo
As pessoas me elogiam, agradecem, pedem por vínculo
Pelo amor de deus,
pessoas
Deixa eu te odiar
Em paz
domingo, 17 de julho de 2016
Na (preta) caminhada
Começo a compreender mais um aspecto. Que dor é saber. Neste barco tenho navegado sozinha e não sei bem como reverter.
O que foi pra mim esse fim de semana, quem cola junto nunca vai entender.
As outras minas ou são íntimas demais ou íntimas de menos pra se dizer.
Dread, moicano, raspado e raiz, muito carinho e prazer.
Vou levar na memória pra sempre (?), esses sinais do (re)conhecer.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Conexão
Se todas as coisas que penso em escrever viessem pra cá esse blog seria repleto de palavras. Muitas mesmo.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Poema
Se eu tivesse facilidade com sexo
Se eu soubesse transar
Vendia meu corpo
ganharia muito dinheiro
Pra comprar fuga
sábado, 4 de junho de 2016
A dois passos da alforria
Talvez tenha sido disso que eu sempre fugi. Essa dor que sempre evitei. Não consigo deixar de me perceber covarde, apesar de ser comigo.
A senhora catadora de latinha que saiu sem saber se era bem vinda. Talvez sabendo que não era.
O senhor bêbado, vigiado e escarneado.
O rapaz do eixo, jogado violentamente ao chão.
Perdi a cor de quantas vezes nada fiz.
E continuo preta.
segunda-feira, 30 de maio de 2016
dente, osso e coração
domingo, 29 de maio de 2016
De cada dia
Hoje o olhar da fotógrafa
Me acertou em cheio
E doeu tanto
Quanto o corpo do preto
Jogado no chão do eixo
Não sei o que tava fazendo
Só deu tempo de ver sua cor
E seus pés descalços correndo
E a bolsa sendo protegida
Do olhar da mulher colorida
Que sequer a tinha visto no chão
Tornar-se
Da cor, a excessão
Dos hábitos, o exotismo
Dos espaços, a permissão
Das relações, insegurança
Do amor, opressão
Do pertencimento, busca incessante e exaustiva
Do desejo
Do desejo...
Desejo?
Desejo!
Liberdade e união!
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Silêncio
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Temporal
É, meu amor
Espero que um dia me perdoe
Por acusar-te de lentidão
Lento foi o tempo
Que demoramos pra perceber
Que temos tempos diferentes
E em cada nosso tempo
Há um temporal de saber
segunda-feira, 23 de maio de 2016
TPM
Quando o sangue está pra chegar
Todas as dores com ele vêm junto
Todas as dores do corpo e do mundo
domingo, 22 de maio de 2016
Contraconto (supostamente) leonino
Cidade pequena, próxima a um confinamento. Muito de pacato, tanto de tormento. Postos de saúde em crescente lotação, estômago, intestino, virose, sofrimento.
Um vendedor, bruto e impositivo, esbraveja sem temor: vocês tão bebendo bosta!
Vocês tão bebendo bosta!
VOCÊS TÃO BEBENDO BOSTA!
Quanta grosseria! Quanta ousadia!
Agora que tomo água do poço artesiano, estou tão melhor, quem diria?!
Eis que de repente chega uma figura aberração. Desçe da espaçonave um ser ser explicação.
Vegetarianoque? Qual é mesmo a explicação?
Seria promessa?
Religião?
Coisa de gente da cidade?
Ah, isso na verdade é frescura! Coisa de quem quer chamar a atenção!
E acabou a porra do poema.
(A verba pra educação tem selo Friboi de garantia)
sábado, 14 de maio de 2016
aborto castração
Por traz do desejo "tão ambíguo"
De ser mãe e não ter que ser mulher?
Parece-me tão óbvia a resposta
Que não faço a menor ideia
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Não achar bonito é suficiente (ou não querer é uma resposta pra mim)
Tempos a que tudo me nego
Oferecida a mim a oportunidade de ser
Me apego
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Pra não dizer que não falei de amor
Desemprego
Dívida
Falta de grana
Falta de saúde
Falta de educação
Falta de comida
Falta de respeito
Falta de dignidade
Falta de teto
É mentira
É Trapaça
É Violência
Morte, suicídio
Homofobia
Transfobia
Lesbofobia
Racismo
Opressão de classes
Opressão estética
O mundo sendo destruído
As pessoas sendo destruídas
Tudo despedaçando
E eu aqui
Chorando
Desesperadamente
Por você
sábado, 30 de abril de 2016
Torpe. Do
Num momento estranho(?)
Por mais que eu tente fugir
Negar, dar outros nomes
Das maneiras mais inusitadas
(Re)descubro e fico assustada
Com o quanto eu te amo
segunda-feira, 11 de abril de 2016
P A
sexta-feira, 25 de março de 2016
A gata
Na real não sabíamos o sexo.
Mas era a gata.
Começou com cafuné.
Cafuné e ração de adulto.
Cafuné e ração de criança, adequada. Doaram pra gente.
Cafuné, água, ração de criança, colo...
Todo dia esperando nossa chegada.
E mais cafuné, mais água, mais ração de criança, mais colo.
Vamos por pra dentro.
Garagem.
Travesseiro, caixa de papelão, cafuné, água, ração de criança, colo.
Três dias.
O suficiente para haver implicância.
O suficiente para aparecerem pelos no sofá do hall.
Tiros de chumbinho percorriam o bairro.
Mas aqueles olhões verdes e aqueles miadinhos doces sempre foram mais espertos.
Três dias.
Burburinho, medo. Medo de veneno, medo de pneu, medo de pontapés...
Três dias.
O terreno baldio.
Mega estrutura.
Caixas de papelão, base de madeira e travesseiro.
Comida protegida das vistas alheias.
O apartamento perfeito.
Choveu.
A caixa é de papelão.
Onde será que ela está?
A comida, será que molhou?
O travesseiro com certeza enxarcou.
Choveu.
Ventou.
Não parou de chover.
Três dias.
E choveu no dia em que foi para o terreno baldio.
Três dias.
E a covardia se precipitou.
Três dias.
Que fim levou?
Será que voltou correndo para o sofá?
Será que se molhou?
Três dias.
Escolhemos exatamente o dia errado.
Três dias.
Três malditos dias.
As vezes penso que são assim as escolhas, todas, da minha vida.
Acovardadas.
Imbecis.
Erradas.
Vinte e três anos.
Três dias.
E uma chuva.
eu acho que não gosto de lembranças
Me deparo com tantas lembranças de tantas vidas novas que foram tentadas
Dá uma vontade tentadora
De morrer
caixa
Você chega em casa e vê que tudo o que fez e o que está tentando fazer e em vão.
Você sente falta.
Você sente raiva.
Você sente dor.
Você se sente perdida. Fraca. Inútil. Triste.
Você sorri.
Diz que tá bem.
Tenta acreditar.
E morre mais um pouquinho.
Desejando ter a coragem daqueles que realmente consegue partir
segunda-feira, 21 de março de 2016
Ser em casa
e lidar com as tentativas da mãe (preta) de exibir seus crespos, e as risadas debochadas de quem os vê.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Sal
quarta-feira, 16 de março de 2016
quarta-feira, 9 de março de 2016
domingo, 6 de março de 2016
non-sense
(Talvez para evitar a dor, para garantir o prazer de outrém, manter-se no controle, talvez tudo junto)
Não acessava mais suas sensações
Nada mais fazia sentido
Sequer sabia como continuava escrevendo
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O programa
Resolveu experimentar
Após a aplicação, saíra para o teste
Salvara três gatos de atropelamento
Chutara duas motocicletas, causando terríveis acidentes
Gritara de alegria
Salvara sete cachorros
Agredira quatro homens e uma mulher
E finalmente
Salvara a seus desejos
Segurando firmemente
Um fio de alta tensão
Lego
O prazer pelo gozo
A ação pela tentativa
A foda pela conchinha
A velocidade pela ausência
Nossa semelhança confirma a repetição
E auxilia na ascendente transição
Ela pesa na sua decisão
Siga em frente, querida, não olhe pra trás
Logo eu desapareço
Do seu corpo ela já fez morada
Já não é meu ninho
Não nos devemos nada
Nosso calor nosso encaixe perfeito
O sono tranquilo, coração,odor, peito
Que sejam lembranças doces e facilmente ignoradas
Não pise mais nessa areia movediça
E não peça desculpas
pelo beijo
de despedida
domingo, 21 de fevereiro de 2016
5º andar
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
.
Atravessamentos
Interrupções
O novo meme
A música boa
O tropeço cômico
Desinteresse
Falar é tão
Cansati
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Escravidência
Afasto, aproximas
Nego, impões
Consigo, sobrepujas
Adentro, ocupas
Mata-me de uma vez
Ou deixas-me viver