sábado, 28 de junho de 2014

Elle

Você sabe tanto! Usa e ensina isso...
Você diz tanto! Fala mais naquilo...
Você tem tanto! Abre mão daquilo...
Você faz tanto! Faça mais e mais disso! (Ou majestosamente isso!)
Você pode tanto! Não se esqueça disso!
Você é tão! Larga dela!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Forró gafieira

Ê nêga,
dois pra lá, dois pra cá e a bambeira nas pernas
gingado, sapateado, xêro no cangote...
Cuidado!

Cuidado com o perigo do cheiro e do sabor
com a fala doce e a escuta atenta de força, de fé, de paz violenta...
ê nêga, o que é isso heim?

Esse febril corpo trêmulo, firme, forte e ingênuo e as sensações...
ah...
nêga nêga.
Vai com calma que de passo travado a vida já chega

E esse sorriso escorrega e derrete quinemzim mantêga
Suas mil facetas, os dramas as tretas, toda a magia que diva em seus pés
Vai com cuidado, nêga
Que já é sempre bem vinda
não precisa de sufoco...
pode entrar!


(e traz a base)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

É...

É, fessor,
os sorrisos com certeza não vêm do mesmo motivo e não cumprem a mesma função.
Ela tá no momento dela, toda radiante em plena ascenção.
eu tô só me levantando e rindo de mim mesma pra aguentar o tropeção.
pois é.

É fessor,
o senhor tava certo, porém, quando disse sobre processos de ressignificação.
entrei numa cilada, disse sim na hora errada, tava boba empolgada e agora já era não tem outra solução.
Vou ter que enfrentar, fingir tá tudo bem, ir fazendo o meu melhor e tentando de alguma forma seguir nessa direção.
Ela sorri por isso, pra mim é sacrifício, é lindo mas pra outros precipícios batem mais forte o meu coração.
então.

É seguir no merthiolate, que cura mas muito arde, é arcar com as consequências de um amor de dependências que nos sorrisos guardou as lágrimas, que aos poucos vão secando, a vida vai seguindo e a poeira vai baixando um dia nesse perde e ganha me lavo dessa lama e com meu corpo hidratado vou correndo por aí, dançando feito erê e com mais naturalidade (e frequência) voltar a sorrir e tudo fica bem o que passou fica na história a lembrança no meu peito dor e cores na memória e o resto a gente vê depois que agora tenho que ir, vá com calma professor, não empolgue muito, não senhor, que o sorriso ainda sai rasgado mas um dia, deixo tudo isso em outro estado...


quinta-feira, 19 de junho de 2014

(sua) Vitória!

Parabéns, você conseguiu. Todas as minhas tentativas de ser feliz estão falhando dolorosamente. Parabéns, você alcançou o que queria. Tanto pregou que em nosso término nos odiaríamos que conseguiu a proeza de me fazer acordar chorando de raiva. Parabéns, você conseguiu. Se infiltrou em todos os âmbitos, tomou pra si todos os gostos, tornando vazios até os mais particulares e agora diverte-se, feliz, ocupando todos os espaços. Parabéns, você conseguiu. Finalmente jogou fora (ou por cima de alguém) a capa que usava fingindo ser impossível tirar. Obrigada por me mostrar o quanto sou burra, ingênua e fraca. Permaneça bem!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ooplasc



Ela sorri mas logo vem Marx, ela se deita mas logo vem a dor no coração, ela fecha os olhos e sonha com clamores militantes, ela passeia pelo parque e é seguida por crianças que pedem por seu auxílio, ela passa mal mas sequer sente.Ela quer bater papo mas batida é só de frente. Ela quer organizar uma festa mas o título tem que jorrar sangue.Ela viaja, mas a cabeça fica em casa. Ela bebe mas sequer fica tonta. Ela estanca o sangramento do coração e provoca em outro hemorragia. Ela fuma e só consegue sentir a dor do peso na consciência. Ela beija mas não consegue sentir a alma. Ela acaricia mas não provoca arrepios. Ela quer ser mas tem que o tempo todo estar. E quando quer estar, é muito mais que sua obrigação apenas ser.Ela quer dançar mas se envergonha da leveza do próprio corpo.Ela quer abraçar mas não consegue mais do que atirar espinhos.Ela quer falar mas vocifera. Ela as vezes não quer saber. Ela só queria sorrir de novo sem que isso pese uma tonelada.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pegando palavramentos emprestadas (II)

Eu sei que você é um corpo de possibilidades. Eu sei que somos. Mas se você s´esperar o melhor, o pior, a próxima, o brilho não vai estender. Vai apagar a vontade de te querer. Mercadorias, tempo, um valor de uso? Temos um valor de tempo, tão perecíveis. Não vamos resistir. O poder. Não sorri. Não gosto de marcações sobre você. Não gosto de gostar de você, de ter gostado. Não gosto de confissões, porque eu só falo. Injustiça, raiva, uso, abuso, eu não. O que mais você é em mim além de relações declaradas de um poder silencioso de alguém?



( Ana em tons de Alice)