Se tem uma coisa em que eu acredito, é no
amor. Boto muita fé nesse... nessa...
É engraçado
acreditar em algo tão indefinido.
Indefinido,
misterioso, forte, poderoso, intenso...
Quiçá umas das
mais difíceis explicações existentes.
Mas pra que
racionalizar tanto quando se trata de um mistério que só se é sentido e nem
sequer é preciso de todos os sentidos para tal? E ainda sim todos são atingidos
quando se sente o danadinho.
Algo em que eu
deposito meu respeito é no tempo.
Não no cronômetro
ou no relógio ou na pressa, no tempo.
Outra indefinição
avassaladora.
Incontrolável,
controladora, necessária e fluídica.
Olha só que coisa
incrível criamos ao unirmos duas indefinições poderosas.
Amável monstro.
Indestrutível
força.
Incontrolável
imensidão.
.
.
.
Palavras são tão
inúteis nesses momentos, coitadas.
Só sei que é
exatamente por isso que acho um desperdício desperdiçar o tempo e descartar o
amor.
Muito mais belo e
forte e mágico e deslumbrante e poderoso é viver.
Não viver desesperadamente,
mas viver o suficiente para desesperadamente amar e ser amado ou amada.
Amar.
Ser amada.
Ser amado.
E amar.
E amar.
E amar.
E amar.
Se amar.
Amar-me.
Ser amado.
Ser amada.
Amar.
E mais nada.