segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO!


Não curto muito ficar fazendo retrospectivas, desejos e nem sou muito de comemorar datas pelas próprias datas, mas fim de ano sempre meche comigo. Essa coisa cíclica, esses reinícios são muito importantes pra mim e felizmente (ou não) são bem influentes em meu comportamento. Então resolvi desenterrar as letrinhas (que só ando usando na facul ou com limites de 140 caracteres, se é que me entendem rs) e escrever umas coisinhas pra esse ano que está chegando:

O que eu espero de vocês e é claro, de mim também para 2013 (e que se perpetue por muitos anos) são coisas simples: 

Ouvir mais. Ouvir o que o outro tem a dizer, mas ouvir mesmo, não simplesmente parar de falar e prestar a atenção até na mosca que está passando, mas ouvir. Ouvir antes de falar, de brigar, de julgar. Ouvir. E se possível se por no lugar do outro pra ouvir um pouco melhor.

Buscar conhecer. Conheça, procure, pergunte, leia, ouça todos os lados possíveis, enfim, vá atrás antes de tirar qualquer conclusão. 

Falar mais. Vish, e agora, ouvir mais e falar mais parece tão contraditório... Mas sim, falar mais, parar de engolir sentimentos, falar "eu te amo" quando (realmente) sentir vontade, "estou com raiva" quando o estiver, "isso poderia ser de outro jeito" quando não estiver satisfeit@, enfim, se expresse, é claro que com moderação pra não ofender @s outr@s, mas se expresse, contribua! Muita coisa poderia ser diferente e -bem melhor- se falássemos mais "não" ou "sim" sinceros.

Não quero começar o ano me propondo a fazer mil coisas e nem esperando mil coisas das outras pessoas, mas acho que essas três atitudes que se interligam tão profundamente são bem simples (não exatamente fáceis...) e fazem MUITA diferença. 

E muito obrigada a todos por esse ano que está terminando. Ano que aprendi muito, que descobri muita coisa sobre mim mesma, ano que conheci pessoas maravilhosas e que iniciei novas fases preciosíssimas em minha vida! 

Ai chega de blá blá blá, FELIZ ANO NOVO! Muitos sorrisos, abraços, muito carinho, amor, respeito, perseverança e paz a todos nós!



"Esteja alerta para a regra dos 3
o que você dá, retornará para você
Essa lição você tem que aprender
Você só ganha o que você merece"

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ser e estar

Entendi, agora eu entendi.
É que não é carne. Não é corpo.
É alma, desejo, sentimento, emoção. É o abstrato. O invisível.
Pode estar corpo. Pode estar carne.
A funcionalidade não é a mesma.
"Apaixonada por tudo o que ama"

É claro, é sempre um mundo de possibilidades. Aliás, vários deles. Várias aberturas.
Mas há essência.
E por mais flexível que seja, um estímulo só é possível de ser ativado e propagado ao atingir seu limiar.
É o tudo ou nada. A certeza no vazio repleto da inexatidão.

Com você foi assim, meu bem.

Com vocês foi tentativa.
Foi muito bom. 
Mas nunca ultrapassaria o que se alcançou.

Quero mais. Mais tentativas, mais devires, mais paixões, mais inexatidões, mais chamas, mais corpos, mais carne, mais estar.


Mas no fim, que seja essência.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Muito além de uma verborragia taciturna


Perdoe-me quando falo baixo demais.
Perdoe-me quando falo alto demais.
Perdoe-me por ser demasiadamente objetiva.
Perdoe-me por tamanha subjetividade.
Perdoe-me por gesticular demais.
Perdoe-me por manter-me imóvel.
Perdoe minha falta de eufemismo.
Perdoe-me o uso de tantas figuras de linguagem.
Perdoe-me quando falo muito.
Perdoe-me quando me calo.
Perdoe-me se gaguejo.
Perdoe-me se falo como quem entoa uma canção.
Perdoe-me  meu  linguajar rigidamente gramático.
Me perdoe se a linguística é  quem comanda meu discurso.
Perdoe-me se os sons que emito ou deixo de emitir são insuficientes.
Mas meu corpo é insuficiente.
Meus adornos são insuficientes.
Não sei desenhar.
Atrofiei-me, na verdade, em qualquer arte.
Minha mente não cabe mais em mim, não há espaço suficiente.
E se em mim não me encontro, com hei de me expressar?


terça-feira, 13 de novembro de 2012

MOVE!

Omundogiraatodotemposeumovimentoé   rápido! ATerratranslarotagirandootempotodonummovimento brusco! Éprecisoforçacoragemeatitudeparamanter-sedepé. Pule! Talvezassimvocênãocaiamasháváriosmeios: Dance! Édivertidoeexigeequilibrioharmonize-secomodevirterrestre... Corra! Sigapeladireçãocontráriacontrolesuavelocidade... Role! Semenrolaçãogirecomoumacriançaedivirta-seenquantoofaz... Engantinhe! Procuresuasegurançafaçacomoqueiramasse cair nãopercanemumsegundosacudaapoeirae levante-se! Avidaéricademaisemmovimentospravocêficaraíparado.

domingo, 11 de novembro de 2012

Fim.

É que quando é o fim, não adianta enrolar, inventar desculpas, tentar justificar, fingir, fazer teatro...


Levanta a cabeça e segue em frente.


Mas não tenha grandes ideias.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Manual da boa conservação do calçado tão sonhado

Veja o calçado.
Sonhe com o calçado.
Pense no calçado.
Deseje muito o calçado.
Trabalhe arduamente para conseguir adquirí-lo.
Adquira-o.
Calçe-o.
Certifique-se de que os cadarços estão bem distribuídos, caso já estejam distribuídos.
Observe a nova conquista e como ela se encaixa perfeitamente em seus pés.
Observe que o encaixe é sinestésico.
Dê a eles os nós apropriados.
Mantenha - o sempre em bom estado de conservação.


Ainda que se desgaste, observe bem os nós.

Desmanche os nós antes de retirá-lo. Sempre.

Desate os nós antes de descalçar-se. Sempre.

Desamarre os nós antes de afastá-lo de seu corpo. Sempre.

E ainda que a intenção/ação não seja de mantê-lo, longe de si. Nunca deixe de observar se há nós ou se há laços.

Se houverem nós, desfaça-os. Se houverem laços, cuide de sua manutenção. Sempre. E inovação. Sempre que necessário.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mais nós


Entrei sem querer no labirinto da insegurança
Quase abraçou-me o monstro do temor
Mas você veio depressa e com as asas de Ícaro, me tirou de lá
Pousou, felizmente antes de alcançar o sol
E este, nos servirá de guia
Para que em tua companhia
Eu só me perca na imensidão de nossa incompletude
E dela me preencherei
E por causa dela, sempre irei querer mais
E mais
E mais
Mais você
Mais nós

domingo, 4 de novembro de 2012

Essa pequena semente de vida

Acredito porque ainda posso ver
Acredito pois ainda posso sentir
Pois ainda posso vivenciar
E não são feridas que me farão desacreditar.
Acredito porque é simples e complexo
Bonito e muito feio
É paciente e ansioso
É teimoso e obediente
É forte, impositivo
Tímido e destemido
É bravo e suavemente grita alto
Acredito simplesmente por acreditar
porque não há outro sentido na vida que não praticar
Acredito porque tem várias formas, cheiros, cores e sabores
E ainda que não seja possível vivenciar todas elas
Acredito porque não tem fim
Acredito porque tenho provas
Acredito mesmo não as tendo
E não me importa o que disserem
Não me importa a definição 
Não me importa o quanto quiserem me fazer desistir
Acredito porque acredito
E vivo porque acredito
E me movo porque acredito
E não vou parar de acreditar

E esqueça tudo o que eu escrevi acima
considerando cada parte.

Eu acredito no amor.

sábado, 27 de outubro de 2012

Volviendo

Tu fostes.

E naquela semana de dois milhões de dias os furacões se fizeram brisa, o sol congelou, as flores murcharam, o arco íris ficou bege escuro, a comida azedou, o leite derramou, o esgoto estourou, o tempo passou em câmera lenta, a graça chorou.

Mas  estás  voltando.

Já posso ouvir as cores dos sorrisos brilharem perfumadamente.


Tic tum tum, tic tum tum tum


sábado, 13 de outubro de 2012

Estranho

O que tá acontecendo com a gente?
N sei tbm.Ce ta bem?
To bem. E vc?
Tbm. Mt bem.
Que bom!

                                                                        É o tempo?
                                                                        A distância?
São os caminhos?
As influências?
As pessoas?

O que faz amigos se tornarem conhecidos?
O que faz amantes se tornarem lembranças?
O que faz alegria virar falta?
Não é apenas saudade. 
É vazio.
O mais assustador é a completude do vazio. 
É o não correr atrás, o cansaço, o abrir mãos.
O que antes era  uma necessidade quase fisiológica se transforma num completo... esquecer?
De onde vem toda a indiferença?
Pra onde vão os sorrisos, as brigas, os doces, os abraços, os filmes, as músicas, os beijos,, o interesse, a preocupação, as ratas, o toque, o que é fluido, o místico, o metafísico, o contato?

Sabe fome? No início incomoda, depois de algum tempo dói, enfraquece. Mas depois de alguma espera, nem mais se sente essa dor. Parece que adormeceu. E de repente nos alimentamos desesperadamente, como se fosse a primeira vez, ou talvez, a sabida última. E uma nova dor surge. A dor do excesso. Depois que ela passa, só nos lembramos que a dor inicial é capaz de nos afetar, quando a sentimos novamente. Mas aí nos adaptamos e com o passar do tempo, o período entre o incômodo e a  dor fica cada vez maior. Até que um dia não sentimos mais fome, a dor não incomoda  fica só a fraqueza, que por talvez não ser tão evidente, não damos atenção. Comemos por obrigação. Não há mais paladar. Mas continuamos a nos enfraquecer. E chega um dia em que desistimos de vez. E morremos. 

Mas essa morte pode ser tardia. Não precisa chegar tão cedo. Não precisa.

E se eu ainda sinto a dor, ainda posso comer bem vagarosamente.


Pff  bando de bobagens. Tô com saudade.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A puta

♪♪
Saí do chuveiro
peguei uma puta
eu tava batuta
eu tava legal

a  puta chegando
toda absoluta
Tomando meu corpo
elevando o astral

mas no fim da tarde
veio a consequência
e alguma coisa
me fez sentir mal

Peguei uma puta
corrente de ar
fiquei resfriada
menin@, eu to mal!

sábado, 15 de setembro de 2012

Reloveução (ou Razibilidade e Sensibilizão)

Olhos caídos
Semblante entristecido
Travesseiros e lençóis molhados
Noites insones
Sorrisos falsos
Respostas vagas
Inação
Teorias
Desassossego
Confusão
Indecisão


 5:00am - 5:55am


Sorrisos espontâneos e sinceros
Toque
Risco
Pensamentos organizados
Respostas ocultantes
Entrega
Atitude
Olhos brilhantes
Semblante misterioso
Calma

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aquele abraço

Aquele prazer em torturar meu cérebro
Aquela mania de refletir no coração
Aquela bobeira de sentir nas genitálias
Aquela maldição de querer registrar tudo e menos um pouco
Aqueles sentidos e sentimentos

Rotina


A mãe do escultor manda lembranças;
O português da padaria manda beijos;
O Pierrot apaixonado ainda chora pelo amor da Colombina;
Dois homens fumando juntos ainda pode ser muito arriscado;
Lhe deixar de molho ainda é pecado;
Tudo ocorre como deve.

Pulsar dos ponteiros






Abri meus armários mas esqueci-me de que não havia ninguém a me esperar.

Não, eu não vou me zangar
 não vou me vingar
Não vou descuidar
na certeza de não apressar o mundo.
Eu vou me curvar
E te oferecer elogios
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
E eu espalhe benefícios
E assim sejais mais vivo
Pois por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Eu vou me curvar
E lembrar como é bom
E quando for dada a hora
Ao amor me render.



domingo, 9 de setembro de 2012

Blá blá blá sobre o amor

Se tem uma coisa em que eu acredito, é no amor. Boto muita fé nesse... nessa...
É engraçado acreditar em algo tão indefinido.
Indefinido, misterioso, forte, poderoso, intenso...
Quiçá umas das mais difíceis explicações existentes.
Mas pra que racionalizar tanto quando se trata de um mistério que só se é sentido e nem sequer é preciso de todos os sentidos para tal? E ainda sim todos são atingidos quando se sente o danadinho.

Algo em que eu deposito meu respeito é no tempo. 
Não no cronômetro ou no relógio ou na pressa, no tempo.
Outra indefinição avassaladora.
Incontrolável, controladora, necessária e fluídica.

Olha só que coisa incrível criamos ao unirmos duas indefinições poderosas.
Amável monstro.
Indestrutível força.
Incontrolável imensidão.
.
.
.

Palavras são tão inúteis nesses momentos, coitadas.

Só sei que é exatamente por isso que acho um desperdício desperdiçar o tempo e descartar o amor.
Muito mais belo e forte e mágico e deslumbrante e poderoso é viver.
Não viver desesperadamente, mas viver o suficiente para desesperadamente amar e ser amado ou amada.
Amar.
Ser amada.
Ser amado.
E amar.
E amar.
E amar.
E amar. 
Se amar.
Amar-me.
Ser amado.
Ser amada.
Amar.
E mais nada.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Refração difusa

Não não, certa não estou, ninguém está.
Só trilhando meu caminho, cheio de pedras, espinhos, derrapadas...
Mas estranhas. Sim, estranhas.
Reclamas, choras, gritas, enfurece-se, entristece-se...
É que buscas em mim o reflexo de quem está perto.
É que buscas em mim quem nunca fui e sempre fingi ser.
Ou simplesmente quem nunca fui.
Expectativas.
São quase sempre frustrantes, eu sei.
Também espero mais de mim.
Muito mais.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Esconda melhor as chaves

Ela modelou seu coração como massinha.
Decidiu resfriá-lo,tornou-se gelo.
Guardou-o a sete chaves numa gaveta.
Escondeu as chaves e resolveu usar os olhos.
Viu muito de tudo.

O problema é que as chaves não ficaram bem escondidas e numa tarde fria as encontrou.

Lembrou-se da bomba de pulsar sangue e resolveu abrir a gaveta.
O molde ainda estava intacto, mas o calor de suas mãos e do ambiente o descongelou.
Logo tudo o que via passou também a sentir.

Descobriram essa sua fraqueza e com uma metralhadora se aproveitaram dela.

A cada pulsar, um tiro.

E ela continuava vendo.

O coração pulsando.

E sentia. Como nunca antes. Ou talvez de um modo que já não se lembrava  que podia.

Mas sentia.