quarta-feira, 4 de março de 2015

Civilização

Então é isso(?) 
Ser ninguém pra ser amada?
Não.
Ser ninguém pra ser.
Para finalmente me haver com meu lugar de pertença.

Não é minha boca esporadicamente temperada com cigarro.
Não é que haja algo para se fazer pela manhã.
Não é por eu ser vegetariana.
Não é porque eu não saberia conversar sobre isso.
É que não sou eu.
Não é pra mim.
Nunca foi.

E é isso.

Não cabe a mim. 
Não é comigo.
Não é por mim.
Não depende de mim.
Não é mais, menos ou o que quer que seja por eu estar ou ser.

É preciso não ser.

Da normopatia à normalidade.

Afinal é disso que depende a civilização. 
De normalidade.

Tenho que me lembrar a cada manhã: Seja normal, querida.
Não que eu precise de fazer muito esforço

[pra lembrar]

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