sábado, 9 de novembro de 2013

Vômito







Bichos me comem.
Mas nada é real, porque estou bêbada.
Ouço choro e gemido.
Mas nada é real, porque estou bêbada.
Inspiração finalmente chega!
Mas nada é real porque estou bêbada.
Rigor formal?
Nada é real, porque estou bêbada.
Consciência?
Não é real, pois eu estou Bêbada
Escrever (quase, talvez) corretamente?
Nada real pois estou bêbada.
Desejo?
Não é real, pois estou bêbada.
Amor?
Totalmente irreal.
Não dá pra confiar no que diz e faz quem está sob efeito de drogas.
Não dá pra pensar que talvez seja aquela a única maneira que (por enquanto, espero), ele consiga.
Não dá pra dizer que o vômito que ele aguentou e tentou engolir não seja prova.
Não dá pra se ser poético sem estar sóbrio.
Não dá pra se amar, com álcool.


Então vou acabar com minha dose de catuaba com coca. Fingir estar sóbria.
Fingir estar com raiva.
Fingir não desejar mais que respirar, estar com você.
Mijar.
Dormir.
Sonhar.

Quem sabe o... não venha. ( Não levando o amor.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário