sábado, 30 de novembro de 2013

Ela

Não é conversa de quem está apaixonada
Não é carona de beira de estrada
É o mundo que me apresenta
No meio de tanta hostilidade e tormenta
Uma luz pra ofuscar a escuridão

Não, não é não
Não é distorção fisiológica
Nem  vício em quebrar a lógica
É pureza que se sente pelo cheiro
É amor, que se impõe primeiro

Sim, pode ser distorção
Que o que se descreve são palavras
Palavras são tão incompletas, coitadas
Que falam tudo sobre
E não expressão metade de nada

Não há metafísica que explique
Insista em magia ou não
Não há periódico que publique
O tamanho nessa pequena
De sua vasta imensidão

E é intensa e é doce e sorri e é amável e é cheirosa e é forte e é brava e é nobre e é bela e sabe e é persistente e é viva e encanta e é surpreendente e sente e vicia e enlouquece e atormenta e é macia e é quente e é incrível e é confiável e é acolhedora e é errada (por estar sempre certa) e é verdadeira e dança e é brilhante e é única e flutua e se prende ao chão e é gostosa e é necessária e falta e é teimosa e  chora e é discreta e é escandalosa e enlaça e apaixona e se entrega e se doa e mete medo e é sempre e é muito e se faz respeitar e se faz amar e amar e amar e amar sem ter fim e é tanto e é tanta e é pedaço inteiro de mim.

E não há nada que a possa descrever.

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