quarta-feira, 30 de julho de 2014

Não passa

A verdade é que eu errei.
Errei feio.
Não me lembro mais como, nem onde, nem bem o porque, mas errei.
Errei e não sei consertar.
Errei e não acho que seja consertável.

Se já andava deslocada, perdida no mundo, hoje já não tenho nem mais chão onde pisar.

Não, vocês não entendem. (ou talvez entendam, sei lá)

Respondentes, operantes, associações de estímulos. TUDO na contramão de uma viela que dá pra um abismo.

Desgostar, não suportar, não conseguir, não mais querer, não saber como. É tanto não... é tanta dor.

As vezes me pergunto (sério) pra que continuar. Sinceramente, em respeito a quem me permitiu. E só.
Mas ultimamente isso tá segurando um pouco menos a corda, nem sei.

É tanta dor.

Eu tento, juro que tento. Nem sempre dá pra ver, mas eu tô tentando, tô sentindo.

Por que? Por que isso? Por que assim?

É um não lugar constante. Um não saber dilacerante. Um não ter ruidoso. E um sentir assassino.

Onde eu encontro algum sinal de que pode haver novamente a felicidade?

Pílulas, corda, cinto, salto, ervas, químicos, cortantes...

O que eu faço com isso tudo aqui dentro?

Obrigada amigas, obrigada amigos, abrigada família, obrigada pessoas desconhecidas, obrigada colegas, obrigada psicóloga, obrigada animais, obrigada plantas...

Mas não tá adiantando.

Não passa.

Não passa.

(talvez eu arranje um jeito de passar mais rápido).

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