sábado, 22 de fevereiro de 2014

brinde à ventania

E mais uma vez, ela! Não, não sorria. Leia com seriedade, a não ser que esteja usando drogas e ou chorando. No mais, seriedade. Voltemos a ela. Por vezes parece ser impossível escapar. Mudam os cabelos, as intensidades e direções dos sorrisos, a suavidade dos gestos, a tonalidade das roupas... Lá está ela. Impregnada como a acinzentada poeira do asfalto. Não é algo que eu procure mas é sempre para onde olho. Sempre pelo que me apaixono. E pelo que me apaixono sempre. E pelo que me apaixono com constância. E motivo frequente de minha paixão. Me persegue como se eu fosse sua. Como se fosse sua me persegue. Danço, sorrio, bebo, canto, converso, brinco... E (ou seria mas?) lá está ela. Me suga, me suga, me suga, me carrega pra perto de si, me suga, me consome, me consome, me seduz. Radiohead, olhares, preto, flores,lágrimas,batons vermelhos, cicatrizes,romances,sangue... A angústia... É como se ela precisasse do meu brilho pra esconder-se na dificuldade daquele que me vê em enxergá-la. Prepotente? Arrogante? Caso estivesse exaltando a habilidade de iluminar (e ofuscar) sim. Mas não. Talvez seja apenas uma tentativa de compreensão. Um pedido de socorro, quem sabe. Ou uma ode.

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