Esse cabelo bom, sei de onde vem.
Essa cor linda, sei também.
Sei de onde vem essa coceira que dá quando o batuque se inicia.
Sei bem de onde vem esse gingado e toda a sensualidade das curvas do meu corpo, sei bem.
Mas eu, de onde vim?
Porque isso eu não sei enxergar?
Não me lembro de histórias, as rodas de casa não eram de samba, a religião nunca falou sobre orixás, nunca tive que descer o morro, essas canções, não sei cantar, como o que já foi embranquiçado... sobre os estudos, vou nem comentar.
Cadê os galhos dessa árvore da qual sou fruto mas não tenho ideia de como criar sementes?
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Latinidades
Por dentro, calorosas e ricas discussões sobre plantas, eróticas, belezas e dores. Resultado de muitas letras, tantas vivências e dissabores.
Transporte, teto e comida entre cédulas e comunhão. Palmas, sorrisos e gastos empretecendo o ofuscante branco da região.
Passando por um acaso(?), invisível e curioso, um moço de pés descalços observa o alvoroço. Todo aquele poder feminino e preto se fazendo evidente, até que ponto acolhe e consegue abrigar toda essa gente?
Não passa
A verdade é que eu errei.
Errei feio.
Não me lembro mais como, nem onde, nem bem o porque, mas errei.
Errei e não sei consertar.
Errei e não acho que seja consertável.
Se já andava deslocada, perdida no mundo, hoje já não tenho nem mais chão onde pisar.
Não, vocês não entendem. (ou talvez entendam, sei lá)
Respondentes, operantes, associações de estímulos. TUDO na contramão de uma viela que dá pra um abismo.
Desgostar, não suportar, não conseguir, não mais querer, não saber como. É tanto não... é tanta dor.
As vezes me pergunto (sério) pra que continuar. Sinceramente, em respeito a quem me permitiu. E só.
Mas ultimamente isso tá segurando um pouco menos a corda, nem sei.
É tanta dor.
Eu tento, juro que tento. Nem sempre dá pra ver, mas eu tô tentando, tô sentindo.
Por que? Por que isso? Por que assim?
É um não lugar constante. Um não saber dilacerante. Um não ter ruidoso. E um sentir assassino.
Onde eu encontro algum sinal de que pode haver novamente a felicidade?
Pílulas, corda, cinto, salto, ervas, químicos, cortantes...
O que eu faço com isso tudo aqui dentro?
Obrigada amigas, obrigada amigos, abrigada família, obrigada pessoas desconhecidas, obrigada colegas, obrigada psicóloga, obrigada animais, obrigada plantas...
Mas não tá adiantando.
Não passa.
Não passa.
(talvez eu arranje um jeito de passar mais rápido).
Errei feio.
Não me lembro mais como, nem onde, nem bem o porque, mas errei.
Errei e não sei consertar.
Errei e não acho que seja consertável.
Se já andava deslocada, perdida no mundo, hoje já não tenho nem mais chão onde pisar.
Não, vocês não entendem. (ou talvez entendam, sei lá)
Respondentes, operantes, associações de estímulos. TUDO na contramão de uma viela que dá pra um abismo.
Desgostar, não suportar, não conseguir, não mais querer, não saber como. É tanto não... é tanta dor.
As vezes me pergunto (sério) pra que continuar. Sinceramente, em respeito a quem me permitiu. E só.
Mas ultimamente isso tá segurando um pouco menos a corda, nem sei.
É tanta dor.
Eu tento, juro que tento. Nem sempre dá pra ver, mas eu tô tentando, tô sentindo.
Por que? Por que isso? Por que assim?
É um não lugar constante. Um não saber dilacerante. Um não ter ruidoso. E um sentir assassino.
Onde eu encontro algum sinal de que pode haver novamente a felicidade?
Pílulas, corda, cinto, salto, ervas, químicos, cortantes...
O que eu faço com isso tudo aqui dentro?
Obrigada amigas, obrigada amigos, abrigada família, obrigada pessoas desconhecidas, obrigada colegas, obrigada psicóloga, obrigada animais, obrigada plantas...
Mas não tá adiantando.
Não passa.
Não passa.
(talvez eu arranje um jeito de passar mais rápido).
sábado, 5 de julho de 2014
Territorialidade
Em um belo dia de sol
perdi meu tempo contemplando um trabalho que você construiu
enquanto você dominava o território que eu conquistei
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