quinta-feira, 14 de março de 2013

Blá blá blá "poético"


Hoje é dia da poesia
Mas poesia eu não sei fazer
Vou rimar umas palavras aqui e outras ali
Só pra não ficar sem escrever

Hoje é o dia do remédio
Pra quem está doente
Do eterno tédio 
Que se impõe sobre nossas mentes

Hoje é dia de sexo, de corpo, de luxúria
É dia da beleza, e também é da feiura
Hoje é dia de afagos, de meiguice e ternura
É dia também de glória, de luta e de fúria

Hoje é dia da poesia, de quem a conhece e quem é por ela conhecido
É dia de guardanapo, de bancos de ônibus e de poeira de vidro
Hoje é dia da liberdade, do limbo e da escravidão
Hoje é o dia das palavras que saem do coração.


Viva a poesia e que a poesia viva!


terça-feira, 5 de março de 2013

Tchau bebê

Chego em casa, tento abrir a porta, trancada. A lâmpada do hall não funciona direito e as chaves estão guardadas em um bolso quase não acessado da mochila. A dificuldade em adentrar aumenta a ansiedade já forte de saber que não será como nos outros dias. Uma das luzes foi deixada acesa, o que dá pra perceber pelo vão da porta. E até isso serve como desculpa pra ganhar tempo. A sensação ambígua de querer entrar e ser surpreendida com algo que já se sabe ser impossível de acontecer e ao mesmo tempo não querer entrar e dar de cara com o vazio. Taquicardia leve. Entrei.
Não há festa
Não há rebolado
Não há sorriso
Não tenho mais que agachar 
Não tem mais rabinho balançando
Não tem mais abraço com choro de saudade.
Não tem mais Mel.
Mas a sensação ambígua permanece. Enquanto digito ainda espero escutar o som de suas patinhas se aproximando e tentando alcançar a cama. Ainda espero que pule em cima do meu rosto quando eu estiver falando ao telefone. Ainda desejo acordar pela manhã com o som da porta sendo arranhada. Ainda quero me preocupar com a "saúde do dedo" de quem te elogia e se aproxima pra te fazer carinho. Ainda espero que seus gemidos e choro desesperado passem e que o calor do meu colo aqueça seu corpinho, curando a dor e fazendo com que seu último suspiro seja apenas um de seus espirros úmidos ao refrescar-se no vento forte vindo dos passeios de carro
.
Mamãe pequena te ama. Obrigada por ter me feito tão feliz.

domingo, 3 de março de 2013

Porque é difícil "permanecer" com a ex?

Pra uma menina linda, que disse confiar em mim e passou a noite toda me seduzindo... tsc tsc... haha

Primeiro, as vezes é difícil explicar pro seu corpo e alma que aquela pessoa já não é mais parte de você como foi por um tempo (ou que pareceu ser). As lembranças permanecem, os sons podem ser ouvidos,o gosto ainda tempera a boca, os pelos ainda se eriçam num arrepio,o cheiro ainda perfuma sua mente. E ainda que toda essa esquizofrenia perca sua intensidade,  há situações de suspiro inevitável que foram especialmente feitas para não deixar que todo esse conjunto de sensações se engavetem no fundo empoeirado de sua memória.

Por outro não tão doce lado, há o amargor da perda e da falta de confiança. Tanto em si mesmo, na maioria das vezes, quanto no outro. Esse é mais sutil, fazemos questão de ignorá-lo na maioria das vezes mas tenho pra mim que é o que mais conturba um adeus ou o até logo. A ideia de que as intimidades compartilhadas podem estar sendo repassadas a um outro alguém é dolorosa, imagine só pensar que elas podem estar sendo (re)vividas. Nem sempre é fácil se contentar com a felicidade (ou não) de sua ex com a atual. Admita. Pensar que com a "nova" pode estar sendo bem melhor e muitas vezes até saber disso não é fácil. 

Mas com certeza conservar uma amizade é uma virtude. E por mais difícil que seja a tarefa, quase sempre vale a pena. É que a indiferença ou as mágoas só servem para ferir. Caso dependa de você, diga adeus e não mais veja, em paz, ou mantenha com alegria por perto, mas evite tornar o outro simplesmente alguém que você costumava conhecer...


Confissões de um alguém que ainda não conseguiu sair do tradicional ideal de amor...